segunda-feira, 22 de abril de 2013

Horacio Cartes é eleito novo presidente do Paraguai


Órgão eleitoral diz que ele venceu com diferença de 10 pontos percentuais.
Milionário de 56 anos é dono de empresas e de time de futebol.

Do G1, com agências internacionais
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Horacio Cartes é eleito o novo presidente do Paraguai (Foto: Reuters)Horacio Cartes é eleito o novo presidente do Paraguai (Foto: Reuters)
O candidato do Partido Colorado, Horacio Cartes, foi eleito presidente do Paraguainas eleições realizadas no país neste domindo (21). De acordo com o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), ele venceu com uma diferença de 9 a 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado Efraín Alegre, do Partido Liberal. A apuração dos votos ainda não foi concluída.
Às 23h23, o site do TSJE informava que 99,26% dos votos para presidente tinham sido apurados, com 45,8% para Cartes e 36,94% para Alegre.
Em seu discurso de vitória, Cartes reafirmou seu compromisso eleitoral de dar "um novo rumo ao Paraguai".
O triunfo de Cartes devolve o poder aos colorados, que deixaram o comando do país em 2008 depois de 60 anos, quando uma coalizão de centro-esquerda liderada pelo ex-bispo católico Fernando Lugo os derrotou em uma alternância histórica no Paraguai.
Horacio Cartes (de camisa branca) comemora o resultado das eleições Paraguai. Ele foi eleito o novo presidente do país (Foto: Mario Valdez/Reuters)Horacio Cartes (de camisa branca) comemora o resultado das eleições Paraguai. Ele foi eleito o novo presidente do país (Foto: Mario Valdez/Reuters)
Uma hora antes da divulgação do resultado oficial das eleições do país, Alegre assumiu sua derrota para o concorrente Colorado. "Fizemos um esforço extraordinário. Não foi possível vencer", admitiu o liberal.
Horacio Cartes é eleito no Paraguai. Mais cedo no microblog Twitter, Cartes agradeceu aos eleitores paraguaios pelo "comportamento exemplar" durante as eleições "apesar das diferenças". "E, sobretudo, obrigado a Deus por me dar esta oportunidade de fazer algo pelo meu país!". (clique aqui para acessar).
O novo presidente será empossado apenas em 15 de agosto, para um mandato de cinco anos.
Além de escolher o novo presidente, os paraguaios foram às urnas para escolher também o novo vice-presidente, membros do Congresso bicameral e as autoridades departamentais para os próximos cinco anos.
Os simpatizantes do Partico Colorado saíram nas ruas para comemorar a vitória ainda na tarde deste domingo, após pesquisa boca de urna dar vitória a Cartes.
Esta foi a para primeira eleição presidencial no Paraguai após o impeachment do presidente Fernando Lugo, que teve o mandato cassado em processo de menos de 36 horas em junho de 2012.
Primeira candidatura de Cartes
Milionário de 56 anos, liderou as pesquisas eleitorais com cerca de 40% dos votos. Estudou nos Estados Unidos e é dono de um conglomerado de empresas que atuam principalmente no campo de cigarros, além de um time de futebol. É suspeito de envolvimento com o narcotráfico e contrabando, além de compra de apoio político. Esta é sua primeira candidatura. Foi apontado por Fernando Lugo como possível mentor do processo que causou seu impeachment. Separado, tem três filhos.
Antes de se filiar ao Partido Colorado há quatro anos, Cartes nunca havia sequer votado em uma eleição, de acordo com a agência Reuters.
Simpatizantes do Partido Colorado comemoram vitória de Cartes em frente ao comitê do novo presidente paraguaio (Foto: Mario Valdez/Reuters)Simpatizantes do Partido Colorado comemoram vitória de Cartes em frente ao comitê do novo presidente paraguaio (Foto: Mario Valdez/Reuters)

domingo, 21 de abril de 2013

Estudante nega agressão a motorista do ônibus que caiu de viaduto no Rio


Passageira afirma ter visto o estudante dar quatro chutes no motorista.
Acidente deixou oito mortos e dez feridos no dia 2 de abril.

Do G1 Rio
 estudante universitário Rodrigo Freire, de 25 anos, um dos indiciados pelo acidente com um ônibus da linha 328 (Bananal-Castelo), que despencou de um viaduto no Rio matando oito pessoas, negou ter agredido fisicamente o motorista André Oliveira – também indiciado pela polícia. O jovem, no entato, confirmou a discussão, como mostrou o Fantástico, neste domingo (21).
Acusado de ter provocado o acidente, o estudante quebrou o silêncio e contou sua versão dos fatos. Ainda usando máscara cirúrgica depois de uma operação no maxilar, ele tentou explicar o que aconteceu no dia do acidente.
“Era a primeira aula naquela terça-feira e eu ia ter duas aulas novas. Então, pra mim é um começo novo, um recomeço, porque minha vida é toda voltada pra faculdade”, disse o estudante, que estava atrasado e perdeu o ponto onde deveria saltar, na Ilha do Fundão, onde fica a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Queda do ônibus (Foto: Editoria de Arte/G1)
Provocações
Rodrigo conta que foi provocado pelo motorista quando pediu para descer do ônibus. "O motorista me agrediu verbalmente desde o primeiro instante. Quando eu fui pra roleta e disse: amigo, eu ainda vou descer aqui. A resposta dele foi, esse momento eu me lembro bem, ele disse assim: bom, quem mandou você ir rebolando? Eu não estou aqui pra esperar não. Você que demorou. Da próxima vez não vai rebolando", disse.
O estudante pulou a roleta do ônibus, dando continuidade à discussão com o motorista. Na parte da frente do coletivo havia apenas uma passageira: Amanda Santana Silva, que voltava do trote do primeiro dia de aula na faculdade de Farmácia. Ela quebrou três vértebras e vai passar pelo menos três meses na cama.
Versões diferentes
A jovem conta outra versão para a briga. Segundo a estudante, o motorista parou no ponto seguinte e abriu a porta de trás, mas Rodrigo queria descer pela frente. O motorista se recusou a abrir a porta da frente, aumentando a tensão dentro do ônibus.
"Partiram do motorista as palavras agressivas. Partiu do motorista 'chamar pra mão'. Dirigindo com uma mão só, gesticulando, e agredindo o garoto, só que verbalmente. Acho que a partir do momento que o ônibus subiu no viaduto, que ele viu que realmente ia ficar muito difícil retornar pra onde ele queria descer, ele agrediu o motorista naquela hora. Deu quatro chutes no motorista", conta Amanda, acrescentando que todos foram no rosto.
No entanto, Rodrigo Freire nega as agressões. "Certamente não dei chutes no rosto do motorista. Certamente não dei dois chutes. Se o motorista estivesse sentado, dirigindo, e uma pessoa chegar dar dois chutes na cara dele isso é um ato de covardia. Eu não sou uma pessoa covarde", disse.
Motorista André e Rodrigo, passageiro que o agrediu, segundo testemunhas (Foto: Reprodução / TV Globo)Motorista André e Rodrigo, que o teria agredido
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Motorista não lembra
O motorista André Oliveira não lembra do que aconteceu, por isso, não quis dar entrevista. “Ele foi agredido covardemente no volante. Não há nada que justifique alguém que está lá na porta traseira, pra descer, pular a roleta. Só a atitude de pular a roleta, ir na frente discutir com o motorista, ele está agindo com irresponsabilidade”, disse o Sindicato dos Cobradores e Motoristas de Ônibus do Rio de Janeiro, responsável pela defesa de André.
Rodrigo Freire e André Oliveira foramindiciados por homicídio doloso – quando há intenção de matar. "Apesar de eles não quererem o resultado, eles assumiram o risco de produzir esse resultado, essa tragédia", afirmou o delegado José Pedro da Costa Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), responsável pelo caso.
Os dois podem pegar de 12 a 30 anos de pena por cada morte.
Entenda o caso
No dia 2 de abril, o motorista do ônibus da linha 328 (Bananal-Castelo) perdeu o controle do veículo que despencou do viaduto Brigadeiro Trompowski, caindo de uma altura de 10 metros na Avenida Brasil – uma das principais vias expressas do Rio. Oito pessoas morreram e dez ficaram feridas no acidente.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Mizael é condenado pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima

Mizael pega 20 anos por morte de Mércia (Reprodução Globo News)


O policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza foi condenado na tarde desta quinta-feira (14) pela morte da advogadaMércia Nakashima, ocorrida em 2010. A pena é de 20 anos de prisão em regime inicial fechado.
O júri popular durou quatro dias e terminou por volta das 17h40 no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo. O juiz Leandro Cano afirmou, na sentença, que o réu demonstrou "insensibilidade" e conduta "desprezível e repugnante".
Mércia era ex-namorada de Mizael e foi encontrada morta em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, em junho de 2010. Ela havia desaparecido em 23 de maio, após sair da casas dos pais em Guarulhos.
O juiz falou, na sentença, sobre uma das qualificadoras do crime, motivo torpe ou fútil. Segundo o magistrado, não foi "amor", mas "delírio de posse" que levou ao crime. "Sentimento amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, é que faz sofrer."
Presente em plenário, a família de Mércia ficou feliz com a decisão. A irmã Cláudia Nakashima comemorou a pena e gritou "assassino" e "maldito". Enquanto isso, a mãe, Janete Nakashima, chorou. Mizael ouviu a sentença quieto e cabisbaixo.
Debates
Antes da decisão dos jurados, houve os debates entre defesa e acusação. O promotor Rodrigo Merli Antunes afirmou que Mizael tinha motivos para cometer o crime. Segundo ele, o réu se sentia rejeitado pela ex-namorada. O promotor ainda declarou que, para tirar o PM aposentado da cena do crime, seria preciso que todas as provas presentes no inquérito fossem coincidências.

"O réu Mizael Bispo de Souza matou, sim, Mércia Nakashima e tinha, sim, motivos para isso, se sentia rejeitado, se sentia 'o lixo dos lixos' em email trocado [com a vítima] em abril de 2010", declarou o promotor.
Na sua fala, ele rebateu a tentativa da defesa de Mizael de desqualificar a série de provas. "Não existem excesso de coincidências. É preciso acreditar que o sangue não é sangue, que a alga não é alga, que a prostituta existe, que o rastreador falhou, que o Evandro foi torturado para que ele seja inocente", afirmou o promotor.
Para o Antunes, as provas técnicas colocam o réu na cena do crime. “As antenas de celular demonstram que ele ficou no encalço da vítima junto com o senhor Evandro", observou. Ele lembrou que Mizael tinha uma linha telefônica cujo número não foi informado para polícia. Com ele, Mizael fez diversas ligações no dia do crime para o vigia Evandro Bezerra da Silva. Ao ser questionado por que parou de usar essa linha após dia 23 de maio, segundo Antunes, Mizael responde: “[Parei] porque eu virei suspeito”. “Para mim, isso é confissão. Se não fez besteira nenhuma, não precisava [parar de usar]”, observou.
O advogado de defesa, Samir Haddad Júnior, afirmou que o réu “é incapaz de matar alguém”. A apresentação da defesa durou cerca de duas horas, e Mizael acompanhou a argumentação sentado, com a cabeça baixa e as mãos no rosto. O Ministério Público abriu mão da réplica.
O defensor afirmou que a equipe de advogados que representa Mizael ‘desmontou’ toda a tese da acusação e disse que nos autos existem “pinóquios e mentirosos”. A crítica foi na mesma linha da feita pelo advogado Ivon Ribeiro, que disse que o promotor Rodrigo Merli e o assistente de acusação “não foram capazes de abrir um volume e mostrar onde está a prova".
Ribeiro chamou de "fanfarrão" o delegado Antônio de Olim, que investigou o caso no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e disse que "todo mundo quis a cabeça" de Mizael. "O doutor Olim chegou aqui com a maior cara de pau. Estou para ver um cara mais mentiroso do que ele", afirmou. "Precisaram mudar o horário do crime para encaixar as ligações", disse, em relação às ligações feitas por Mizael em Guarulhos e que tirariam o réu da cena do crime.
Interrogatório do réu
Nesta quarta-feira, Mizael depôs no Tribunal do Júri. A acusação afirmou que não faria perguntas em razão de ele já ter apresentado diferentes versões sobre o caso e que as provas são claras.
O réu mostrou a mão direita, onde não tem um dos dedos, afirmando que não consegue atirar com essa mão. Mizael é destro. O policial reformado usou a palavra "Deus" diversas vezes e afirmou que não tem "coragem de tirar a vida de nenhum ser humano". Suas duas armas estavam regularizadas, relatou, e tinham até "casa de aranha dentro" pela falta de uso.
Sobre o fato de ter ficado foragido, o policial reformado disse que é atitude normal de um inocente. "Quem deve tem que pagar. Quem não deve tem que se rebelar", afirma. "Estou sofrendo tanto com isso. Três anos. Melhor a morte do que ficar preso", afirmou.
Mizael afirmou que foi vítima de uma armação da polícia, que "queria um culpado". Foi o argumento usado para justificar a alga compatível com a da represa de Nazaré Paulista achada em seu sapato. "Levaram meu sapato lá [para a represa]. Eu nunca estive na represa de Nazaré. Juro pela vida da minha filha." Mizael afirmou que foi torturado, assim como seus irmãos, e que policiais chegaram a apontar-lhe uma arma em um posto de gasolina obrigando que ele confessasse que tinha matado Mércia.
O réu disse que tinha um relacionamento normal com Mércia, e que tinha apenas brigas de casal comuns. Um jurado perguntou por que a família quer culpar Mizael. O réu recordou então que não foi ao casamento da irmã de Mércia, no qual seria padrinho, e que isso causou mágoa na família.
Testemunhas
As testemunhas de defesa e acusação falaram nos três primeiros dias de julgamento. Entre os ouvidos, estavam o delegado Antonio Assunção de Olim e o irmão da vítima, Márcio Nakashima. O delegado foi o responsável por investigar o caso pelo Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP). “Eu não tenho dúvida nenhuma de que o Mizael matou a Mércia”, disse Olim no júri.
Durante mais de cinco horas, o delegado falou sobre o percurso feito pelo réu no dia da morte de Mércia, com base no rastreador instalado no veículo. Segundo Olim, Mizael desconhecia o fato de seu veículo possuir um rastreador que foi instalado pela seguradora a pedido de Mércia. O delegado falou também sobre ligações telefônicas feitas por Mizael e que, segundo o registro das antenas de telefonia, mostram que o réu esteve em Nazaré Paulista.
Durante quatro horas, Márcio Nakashima alinhou os argumentos que sustentam sua desconfiança em relação a Mizael , que ele o descreveu como possessivo. "No início era um relacionamento normal. Depois ele se transformou, virou um sujeito possessivo", afirmou.
Júri
Segundo o Tribunal de Justiça, o julgamento de Mizael foi o primeiro do país transmitido ao vivo. Pelo vídeo foi possível acompanhar não só os depoimentos como as brigas quase que diárias entre acusação e defesa, que já chegaram a chamar a outra parte de 'mentirosa'.
O vigia Evandro Bezerra Silva, que também é réu do caso, acusado de ajudar Mizael, só será levado a julgamento no dia 29 de julho.



quinta-feira, 14 de março de 2013

Papa Francisco visita Basílica de Santa Maria Maggiore em Roma


Papa Francisco, eleito nesta quarta-feira (13) o novo pontífice da Igreja Católica, visitou na manhã desta quinta-feira (14), em sua primeira saída oficial do Vaticano, a Igreja de Santa Maria Maggiore, no Centro de Roma.
O argentino Jorge Mario Bergoglio havia avisado que iria à Igreja nesta quinta durante seu primeiro discurso aos fiéis na Praça São Pedro.
O Papa Francisco reza para Santa Maria na Igreja de Santa Maria Maggiore, nesta quinta-feira (14), em Roma (Foto: Reuters/Osservatore Romano)O Papa Francisco reza para Santa Maria na Igreja de Santa Maria Maggiore, nesta quinta-feira (14), em Roma (Foto: Reuters/Osservatore Romano)
Papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. (Foto: Alessandro Bianchi / Reuters)Papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. (Foto: Alessandro Bianchi / Reuters)
Ele chegou ao local por volta das 8h e ficou cerca de 30 minutos. No período, fez uma oração na capela que guarda uma imagem de Nossa Senhora e conversou com padres e outros funcionários da Igreja.